Já parou pra pensar nesta pergunta? Apesar de parecer óbvia, eis uma pergunta que ninguém sabe responder. Se houvesse uma forma de mensurar o preço da sua vida, quanto acha que ela valeria?
A resposta nunca será em valores monetários, uma vez que uma vida é muito maior do que qualquer mensuração financeira. Porém, se a pergunta fosse um pouco diferente: se hoje você não pudesse trabalhar por conta de um acidente ou uma doença grave, quanto isso lhe custaria? Como ficaria sua situação financeira? Caso você faltasse em sua família por conta de uma fatalidade, qual seria a quantia em dinheiro que deixaria de entrar e necessária para manter o padrão de vida dos seus entes queridos? Qual o impacto financeiro que isso traria à sua família? Seus filhos se manteriam na mesma escola? Seu cônjuge conseguiria sozinho dar conta das despesas como alimentação, aluguel, contas da casa, estudos dos filhos, despesas com veículo, impostos etc.? Colocadas as perguntas desta maneira, as respostas são mais fáceis de serem dadas, uma vez que a maioria das pessoas possui responsabilidades financeiras, seja para com elas ou seus entes queridos (filhos, cônjuges, pais, irmãos etc.).
Você já parou para pensar nisso? Caso ainda não, é compreensível, afinal de contas no Brasil para muitos, falar em morte, doenças ou invalidez é um tabu. É muito comum o brasileiro não querer falar no tema, pois segundo ele “atrai desgraça”. Para muitos, assim como falar de dinheiro faz de você avarento, esnobe ou ganancioso, refletir e discutir possíveis problemas financeiros gerados por doenças, acidentes ou morte o torna uma pessoa pessimista.
E é justamente por não pensar e planejar os possíveis imprevistos da vida é que vivemos em um país considerado um dos mais endividados do mundo atraindo de fato “a desgraça financeira” para muitos brasileiros.
Em dezembro de 2021, o Serasa identificou 64 milhões de brasileiros inadimplentes – o equivalente à população da França. Ao todo, somando todas as dívidas identificadas, a população brasileira deve 252 bilhões de reais. Em média, cada brasileiro inadimplente deve 3,9 mil reais, uma triste e dura realidade. Claro que esse problema é muito mais complexo do que só a falta de planejamento ou educação financeira, uma vez que envolve fatos históricos, desigualdade social, políticas públicas ineficazes, problemas estruturais e educacionais, corrupção entre outros tantos. Entretanto, a falta de interesse do brasileiro por se educar financeiramente, melhorar suas finanças e o desconhecimento de estratégias e ferramentas financeiras úteis de planejamento, o coloca num buraco financeiro que o mantém preso e impossibilitado de ter uma vida próspera e abundante.
Uma dessas ferramentas maravilhosas que fazem verdadeiros milagres em um momento de dificuldade, mas pouco conhecida e valorizada pelos brasileiros é o Seguro de Vida. Para se ter uma ideia enquanto em países como os Estados Unidos, Inglaterra e Japão têm respectivamente 60%, 70% e 80% de sua população segurada, no Brasil não chegamos a 20% da população. Para piorar esse quadro, destes, 60% são seguros em grupo, ou seja, seguros oferecidos por empresas a seus funcionários (obrigatórios de acordo com a convenção coletiva de cada setor), 30% seguros oferecidos por gerentes de bancos (muitas vezes como venda casada) e apenas 10% de pessoas que foram atendidas por um profissional qualificado da área. Isso mostra uma gigantesca lacuna e muito trabalho a ser feito.
E porque o Seguro de Vida é tão importante assim? Qual a sua necessidade no planejamento financeiro? A quem ele é recomendado? Estas respostas você irá encontrar no próximo artigo, não deixe de acompanhar.
2 comentários
Brenda · fevereiro 12, 2023 às 22:28
Excelente! E muito necessário
Por que o Seguro é de Vida e não de Morte? – Blog Academia Castell · abril 17, 2023 às 15:25
[…] meu primeiro artigo com o título “Quanto vale a sua vida?”, escrevi sobre o tabu no Brasil que impede o brasileiro de falar sobre imprevistos como a morte, […]